No DIÁRIO DE NOTÍCIAS:
Leonídio Paulo Ferreira entrevista o britânico Neil D. Lawrence, autor de Humano, demasiado Humano: O que nos torna únicos na Era da Inteligência Artificial? (Gradiva).
(…) Se olharmos um pouco para trás, para a invenção da imprensa, é evidente que existe uma continuidade entre a máquina que imprimiu a chamada Bíblia de Gutenberg e todos os livros que foram sendo impressos na Europa a partir do século XV. A velocidade a que o conhecimento era distribuído aumentou e muito. O que estou a tentar sublinhar é que o repositório do conhecimento humano já não está em livros, está em máquinas. E o que se vê desde o desenvolvimento do Colossus até chegarmos à Amazon, e poria também o Facebook nisto, é essa mudança. (…)


A seguir, leia a reportagem de Carla Alves Ribeiro sobre O Tempo do Cão, que junta o ilustrador António Jorge Gonçalves e o escritor Ondjaki:
(…) Neste conto há uma personagem histórica e um sítio real, ao pé do lago Tanganica, no Congo, onde o guerrilheiro argentino Che Guevara esteve, de facto, e se relacionou com um cão. Ondjaki não deixou escapar este dado verídico, pequeno e à margem, que aparece num documentário sobre o apoio de Cuba aos movimentos independentistas africanos. (…)

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No JORNAL DE NOTÍCIAS:
Logo a abrir o jornal, Afonso Reis Cabral escreve que
(…) Há dias em que o espaço público nos leva a encher o cérebro de rastejâncias, palavra que acabo de inventar para o que vivemos: os problemas perfeitamente resolúveis do primeiro-ministro a tornarem-se problemas perfeitamente irresolúveis para nós. Vamos a eleições para resolver os problemas de um só homem. (…)
Mais à frente, uma breve: “Livraria Buchholz mostra inéditos de Herberto Helder“
E porque hoje é quarta-feira, há crítica literária no JN. Desta vez, Sérgio Almeida escolheu Nem Todas as Árvores Morrem de Pé, de Luísa Sobral:
Com “a perícia dos carteiristas do elétrico 28”, Luísa Sobral sempre foi hábil na capacidade de tornar suas histórias alheias. Sabíamo-lo através das suas canções, tecidas com a filigrana dos mais sensíveis, mas estender ao romance esse dom criativo é um feito que poderá surpreender até muitos dos seus seguidores habituais. (…)


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No CORREIO DA MANHÃ:
Na crónica de hoje, Francisco José Viegas mantém-nos ligados à literatura japonesa.
Seicho Matsumoto (1909-1992) é um Simenon japonês, criador de policiais cheios de ambiente e nostalgia. ‘Tóquio Express’ (Presença) é o seu 1.º livro, de 1958, e merece companhia por um bom par de dias. É muito bom.


Tóquio Express tem tradução de André Pinto Teixeira.
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No OBSERVADOR:
“Ler é Ser Livre” debate leitura e edição : O programa pretende celebrar três datas de “grande relevância” no universo literário: o Dia Mundial da Poesia, o Dia Internacional do Livro Infantil e o Dia Mundial do Livro.
Plano Nacional de Leitura. “Faltam obras modernas”: O escritor Rui Miguel Pinto reconhece a importância dos clássicos da literatura, mas não acredita que apaixonem os jovens. Sobre se ler pouco em Portugal, não hesita: “Principal causa é o preço”.
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Boas leituras.
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