Já que o prometido é devido, aqui está mais uma entrevista. Hoje é a vez de Maria Saraiva de Menezes, a entrevistada número 22 da RIL.
Amanhã: Afonso Reis Cabral.
Terça-feira: Maria Inês Almeida.
Todas as entrevistas anteriores estão acessíveis a partir daqui.
Boas leituras.
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Se pudesse escolher uma ou duas pessoas para lerem o seu livro mais recente, quem seriam?
O bully e o suicida (o 1.º porque não sente; o 2.º porque sente demasiado).

Como lida com o bloqueio criativo?
Não tenho, sento-me, trabalho, escrevo. Quando não ando em revisões, só escrevo quando levo uma centelha, uma ideia, um momento para desenvolver.
Qual foi o melhor ou o pior conselho de escrita que já recebeu?
“Isso dá dinheiro?”
Quem é a pessoa, ou qual é o lugar ou prática que teve o maior impacto na sua formação como escritora?
As bibliotecas, a de casa e as públicas. Ler sempre foi a prática mais corrente, a seguir à alimentação.
Há alguma parte da sua rotina de escrita que poderia surpreender os seus leitores?
Correr sempre meia hora antes de me sentar para escrever. Normalmente começo a escrever, a correr, nas notas do telemóvel.
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Maria Saraiva de Menezes (1971, Porto), licenciada em Filosofia, pós-graduação em Ensino de Filosofia. Viveu em Arcos de Valdevez, Braga, Macau e em Lisboa, desde 1991. Casada, 3 filhos. Foi professora, publicou 20 livros (poesia, ficção e infanto-juvenil). Venceu o 1.º Prémio Literário AICL Açorianidade 2013, com Chapéu-de-Chuva Transparente; o Prémio Literário Albertino dos Santos Matias 2022, Fundação Lapa do Lobo, com O Homem do Bigode; e o Prémio Literário Luís Vilaça 2024, com Homem-Rato ou quase tanto.
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