REVISTA DE IMPRENSA LITERÁRIA publica hoje mais uma entrevista. Desta vez, Dulce Garcia. É a sexta de uma série dedicada a autores portugueses (todas as entrevistas podem ser lidas aqui).
Amanhã: Rodrigo Guedes de Carvalho.
Domingo: Joana Bértholo.

Se pudesse escolher uma ou duas pessoas para lerem o seu livro mais recente, quem seriam?
Um padre e um realizador de cinema.

Como lida com o bloqueio criativo?
Deixo-o pensar que está bem instalado e nessa altura, zás, expulso-o.
Qual foi o melhor ou o pior conselho de escrita que já recebeu?
O melhor: não ter medo de dizer a verdade. A autenticidade na escrita é absolutamente fundamental. E na vida também.
Quem é a pessoa, ou qual é o lugar ou prática que teve o maior impacto na sua formação como escritora?
A Biblioteca da minha vila, Alcochete, onde descobri que podia conquistar o mundo. Desde o primeiro dia que lá entrei que a minha vida nunca mais foi a mesma.
Há alguma parte da sua rotina de escrita que poderia surpreender os seus leitores?
Hum… acho que escrevo em qualquer lugar e, muitas vezes, enquanto estou a executar outra tarefa.
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Dulce Garcia nasceu em 1970 e desde que entrou pela primeira vez numa biblioteca nunca mais parou de ler nem de escrever.
Licenciada em Ciências da Comunicação pelo ISCSP, e com uma carreira de mais de três décadas no jornalismo, foi ainda editora de Ficção Nacional do grupo internacional Planeta e assessora do Ministério da Justiça em dois Governos da República.
É autora dos romances Olho da Rua, de 2022, da Companhia das Letras e Quando Perdes Tudo Não Tens Pressa de Ir a Lado Nenhum, de 2017, da Guerra & Paz, assim como coautora do livro Bode Inspiratório, projeto literário de 46 escritores portugueses levado a cabo durante a Pandemia de Covid-19. Recentemente, adatou, para BD, o livro A Mais Breve História da Rússia, de José Milhazes.
Colunista, oradora e até proprietária de um restaurante – porque a realidade, tal como a escrita, ultrapassa sempre a ficção – é agora assessora de imprensa e comunicação.
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