Hoje começo pela Notícia (assim mesmo, com N).
Lê-se no JORNAL DE NOTÍCIAS que
Os jovens em Portugal consideram as notícias “tendenciosas” e “aborrecidas”, sobretudo sobre política, conclui um inquérito desenvolvido pelo projeto YouNDigital , junto de 1362 jovens a viver em Portugal, com idades entre os 15 e os 24 anos, e identificou grupos diferentes tendo em conta a forma como encaram as notícias. (…)
E também no PÚBLICO, que leva o assunto ao editorial, assinado por Sónia Sapage:
(…) A conclusão mais óbvia e transversal é esta: grande parte dos inquiridos de qualquer um dos grupos considera que as notícias existem para entreter e não cumprem a sua missão — são “aborrecidas”. Pior, “têm um impacto negativo” na sua vida e no estado de espírito. Acresce que são consideradas “tendenciosas”, o que muito naturalmente decorre do facto de serem fabricadas por youtubers, instagrammers e outros influenciadores digitais que nada devem ao rigor ou à objectividade. (…)
***
Agora, os livros.
Já aqui fizemos referência a Álvaro Bilbao (ver RIL de ontem), autor de Prepara-te para a vida (Planeta). O neuropsicólogo dá hoje duas entrevistas: uma, a Patrícia Carvalho, no PÚBLICO, e outra, a Luísa Oliveira, na VISÃO. A mensagem-forte mantém-se:
O telemóvel não pode dormir no mesmo quarto que os adolescentes.

Nuno Crato tem um novo livro: Aprender (Fundação Francisco Manuel dos Santos). O antigo ministro da Educação falou com Rui Antunes (VISÃO).
A avaliação põe em causa alunos, professores, escolas e ministério, toda a gente envolvida no ensino. Se a evitamos, ficamos todos descansados e isso é muito negativo.


Fotografia: José Carlos Ramalho (VISÃO)
No DIÁRIO DE NOTÍCIAS vai encontrar a curiosa história da tradutora de Saramago e Pessoa, que fez tese de doutoramento sobre… palavrões portugueses. Manjulata Sharma esteve em Lisboa e Leonídio Paulo Ferreira aproveitou para falar com a académica indiana.

Fotografia de Gerardo Santos/ DN.
“Não há vontade de ser transparente, . É a sobrevivência que está em causa”, diz à SÁBADO Tiago Rosa Gaspar, autor do livro Decifrar a Corrupção (D. Quixote). A entrevista é de Marco Alves.


Fotografia: Bruno Colaço/ SÁBADO.
***
Continuando pela SÁBADO, Vanda Marques critica Scotland Yard – Uma História dos Assassínios mais infames da Polícia de Londres, de Simon Read (Casa das Letras). E, mais à frente, na secção de Música, referência ao livro Anónimos de Abril – Vol.1, de José Fialho Gouveia, Rogério Charraz e Joana Alegre (Zigurate).


A este propósito, regresso ao PÚBLICO, onde Nuno Pacheco escreve sobre este Anónimos de Abril no seu artigo de opinião:
(…) O que traz tal livro? Oito histórias reais e oito canções nelas baseadas (às quais se pode aceder através de códigos QR), nas vozes de Rogério Charraz, Joana Alegre e, como convidado, João Afonso. Por elas passam Celeste Caeiro (a quem se devem os cravos de Abril), como passam Fernando Giesteira, José Barneto, João Arruda e Fernando Reis, mortos a tiro pela PIDE ao início da noite do próprio dia 25 de Abril de 1974; ou ainda Aurora Rodrigues, Alberto Neto, o casal Herculana e Luiz Carvalho, Albina Fernandes, Branca Carvalho e Francisco de Sousa Mendes. Desconhecidos que, como se escreve no prefácio, “tiveram a coragem de enfrentar e fragilizar” o regime ditatorial. (…)
De volta à SÁBADO e à sugestão de livros: há duas páginas de Ângela Marques a esmiuçar Três Camadas de Noite, de Vanessa Barbara (Suma de Letras).


E, por fim, no CORREIO DA MANHÃ, Francisco José Viegas sugere hoje Haruki Murakami: A Cidade e as suas Muralhas Incertas (Casa das Letras).


***
Para a sua agenda, via JORNAL DE NOTÍCIAS:
“O ciclo “Personalidades portuenses do milénio” arranca amanhã, às 18 horas, na Biblioteca de Autores Portuenses da Casa do Infante, no Porto, com uma conferência do historiador Helder Pacheco. “Júlio Dinis, o ficcionista da mudança” é o tema da intervenção. A próxima sessão, com Valente de Oliveira, será a 11 de abril.”.
***
Boas leituras.
*