28 de Fevereiro de 2025

Na RIL de hoje: como se escolhem livros na era do demasiado humano. Silêncio: ainda aqui está, a esta hora incerta? À espera de Godinho? Só lá para finais de Agosto. Até lá, faça coisas, que nem este é o tempo do cão, nem todas as árvores morrem de pé.

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No PÚBLICO:

A crónica de Miguel Esteves Cardoso contém este trecho:

(…) Os livros têm de ser escolhidos como escolhemos os amigos. Precisam de gostar, mais ou menos, das mesmas coisas — ou de coisas muito diferentes. Precisam de crescer connosco. Precisam de falar connosco. Precisam de nos ouvir. Precisam de corresponder ao que esperamos deles. (…)

Mais à frente, pode ler a entrevista de Filipa Almeida Mendes a Neil D. Lawrence, autor do livro Humano, Demasiado Humano. O que nos torna únicos na era da inteligência artificial (Gradiva):

O poder transferiu-se e os escribas modernos são engenheiros de software

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No IPSILON:

A poucos dias da cerimónia dos Oscares, Isabel Coutinho falou com Marcelo Rubens Paiva, autor de Ainda Estou Aqui, publicado em Portugal pela Dom Quixote.

(…) Quando passavam 50 anos do golpe militar no Brasil, em 2014, Marcelo foi convidado da Festa Literária Internacional de Paraty. Uma nova geração nascera sem saber o que era ditadura. Marcelo sentiu-se na obrigação de voltar ao tema. Mas percebeu que tinha de falar da mãe, já diagnosticada com Alzheimer, a verdadeira heroína. Levou um ano e meio a escrever Ainda Estou Aqui, a história da sua família do ponto de vista de Eunice e também uma reflexão sobre a memória. (…)

Depois, José Riço Direitinho faz a crítica a A Uma Hora Incerta, de Primo Levi (Edições do Saguão, com tradução de Rui Miguel Ribeiro).

A Uma Hora Incerta é uma antologia de poemas do autor de Se Isto é um Homem que abrange toda uma vida. Primo Levi encontrou na poesia um “impulso inicial face à memória da própria experiência”. 

Nas páginas finais, poderá ainda ler a crítica de Helena Vasconcelos (quatro estrelas) a Nem Todas as Árvores Morrem de Pé, de Luísa Sobral (Dom Quixote).

(…) Luísa Sobral constrói uma obra complexa, onde se entretecem várias “canções” que incluem a narrativa na primeira pessoa, pedaços de um diário, aforismos e curtas peças que se assemelham a poemas e o sempre presente herbário, cujas plantas, para além de acompanharem a história, têm um poder curativo para os diversos males que afligem os protagonistas.

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Na revista E, do EXPRESSO:

Luís M. Faria escreve sobre O Silêncio dos Livros seguido de Esse Vício Ainda Impune, de George Steiner e Michel Crépu (Gradiva, com tradução de Miguel Serras Pereira).

(…) Mesmo com cultura visual, internet, multiplicação das distrações, encurtamento da atenção e tudo o mais que se sabe, o livro mantém-se popular (…)

Nas páginas seguintes: Pedro Mexia dá quatro estrelas a As Coisas, de Georges Perec (Antígona, com tradução de Luís Leitão); três estrelas de José Mário Silva para Cartografia, de Minês Castanheira e Raquel Patriarca (Officium Lectionis); e quatro de Sara Figueiredo Costa para O Tempo do Cão, de António Jorge Gonçalves e Ondjaki (Caminho).

Referência ainda para mais dois livros: Contos Sombrios, de Shirley Jackson (Cavalo de Ferro, com tradução de Catarina Ferreira de Almeida); e Simpatia, de Rodrigo Blanco Calderón (Dom Quixote, com tradução de Helena Pitta).

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No IDEIAS, do EXPRESSO:

O jornalista Hugo Franco anda a ler A Vegetariana, de Han Kang (Dom Quixote).

(…) Fiquei rendido logo na primeira página. (…)

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No CORREIO DA MANHÃ:

Na crónica de hoje, Francisco José Viegas sugere Atlas das Religiões. Paixões Identitárias e Questões Geopolíticas, de Atlas das Religiões, de Frank Tétart (Guerra & Paz, com tradução de Sara Sousa Gomes).

Na mesma página, uma breve:

Um em cada quatro alunos portugueses dos ensinos básico e secundário tem menos de 20 livros em casa. A conclusão é de um estudo do Observatório Português das Atividades Culturais para o Plano Nacional de Leitura, que incidiu sobre uma amostra de mais de 31 mil alunos.

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No JORNAL DE NOTÍCIAS:

Sérgio Godinho é a estrela da próxima Feira do Livro”. O evento foi apresentado ontem e da programação constam as presenças já confirmadas de João Luís Barreto Guimarães, Lídia Jorge e Djamilia Pereira de Almeida. A Feira do Livro decorrerá entre os dias 22 de Agosto e 7 de Setembro, nos Jardins do Palácio de Cristal.

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No WEEKEND, do JORNAL DE NEGÓCIOS:

Manuel Falcão recomenda História do Japão, de Michel Vié (Guerra & Paz)

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Boas leituras.

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