O que diz Chimamanda?

Com o lançamento de Dream Count marcado para 4 de Março (é o seu primeiro livro em 11 anos), Chimamanda Ngozi Adichie deu uma longa entrevista ao Saturday/ The Guardian. Nela, a escritora nigeriana fala sobre a maternidade, a escrita, a privacidade, a morte dos pais, a cultura de cancelamento, entre outros assuntos.

Fotografia: Jared Soares/The Guardian

Aqui ficam algumas das respostas mais interessantes de Chimamanda Ngozi Adichie ao jornal britânico:

Sobre maternidade e escrita:
“Provavelmente teria escrito dois romances se não tivesse tido a minha filha.”
“Quando engravidei, algo aconteceu. Durante anos, tive um medo quase existencial de nunca mais conseguir escrever. Foi insuportável.”

Sobre privacidade e exposição pública:
“Quero proteger os meus filhos. Não me importo que sejam mencionados, mas não quero que o artigo seja sobre eles.”
“Os nigerianos são curiosos. Querem saber da tua vida pessoal. E, por causa disso, resisto.”

Sobre a sua escrita e inspiração:
“Escrever ficção é quando me sinto mais feliz.”
“Perco completamente a noção do tempo. É como um êxtase.”
“Às vezes, nem quero dormir, porque tenho medo de acordar e ter perdido o ritmo.”

Sobre Dream Count e a influência da sua mãe:
“Meu Deus, este livro é sobre a minha mãe. Não foi intencional.”
“Se queremos escrever honestamente sobre a vida das mulheres, temos de falar destes temas de forma aberta.”

Sobre feminilidade e desafios ginecológicos:
“Há muita coisa relacionada com ter um corpo feminino de que pouco se fala.”
“Os miomas podem ser um obstáculo se o sonho de uma mulher for ter uma família.”

Sobre a cultura do cancelamento:
“O que quero dizer sobre a cultura do cancelamento? A cultura do cancelamento é má. Devíamos acabar com ela. Fim de história.”

Sobre democracia e política:
“Acho que a democracia está morta? Não. Acho que está em sérios apuros? Sim.”
“A lealdade cega, quase religiosa, é assustadora.”
“Às vezes, a melhor forma de resistência é ignorar.”

Sobre o luto e a relação com a sua mãe:
“A minha mãe não lia tudo o que eu escrevia, mas dizia a toda a gente que era maravilhoso.”
“O luto surpreendeu-me. Reagi de formas que jamais imaginaria.”

Leia a entrevista completa aqui.

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